sábado, 11 de abril de 2015

Revisitando lugares, contando histórias

 Dados técnicos do projeto
Nome do projeto: Revisitando lugares, contando histórias.
Faixa etária dos alunos: 11 a 17
Número de alunos envolvidos: 25 alunos
Disciplina ministrada pelo professor na escola: Artes Visuais

Turno em que será desenvolvido o projeto:
Regular (  ) Contra turno ( X )
Manhã (  ) Tarde ( X ) Noite (  )

Estrutura necessária:
A escola já possui esta estrutura? Sim ( X ) Não (  )


 Descrição do projeto
O projeto a ser desenvolvido já foi realizado na escola? Sim (  ) Não ( X )
Em caso afirmativo, descreva brevemente como foi realizado e os resultados obtidos (máximo 5 linhas):

O projeto tem intenção de continuidade dentro da escola? Sim ( X ) Não (  )

Objetivos (máximo 10 linhas):

Produzir um documentário poético revisitando lugares da comunidade.

Conhecer a linguagem audiovisual.

Criar instrumentos de pesquisa, entrevistas.

Coletar  depoimentos dos moradores, dos alunos, dos professores, dos funcionários, enfim da comunidade.

Exibir o documentário para a escola e comunidade, assim como em outros projetos.


Descrição (máximo 15 linhas):

O projeto Revisitando lugares, contando historias, busca uma nova articulação de identidades, questões de gênero,  e  igualdade racial entre a comunidade e a escola.
Nossa escola nestes últimos anos vem modificando seu entorno, através do reassentamento de moradores, e também vem apresentando uma nova estrutura em relação aos professores e aos alunos, e cada vez mais desconhecemos as diferentes realidades e identificações desta comunidade que atendemos. Tenho 18 anos nesta escola e as realidades modificaram muito,  se fazendo necessário um novo reconhecimento e apropriação das vivências e experiências que vão sendo construídas com o passar dos anos, criando  novos laços e novas aprendizagens.
Este projeto de produção audiovisual de ideias simples, e ao mesmo tempo complexas, pode trazer relações mais estreitas para toda a comunidade escolar,  através do conhecimento  de uma outra linguagem, trazendo um  outro modo de se relacionar e aprender na escola.
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Metodologia (máximo 20 linhas):

O projeto contará com dois encontros por semana, esses encontros serão divididos  em momentos  de construção e elaboração das etapas das entrevistas, da descoberta de temas relevantes para  essa nova articulação da escola e comunidade, tais como: identidades, questões de gênero, igualdade racial, da aprendizagem prática e teórica da linguagem audiovisual, e da exibição de curtas e documentários juntamente com a discussão do que está sendo visto e proposto.
 A proposta é trabalhar com uma estrutura dinâmica, contemporânea, não linear, em relação as narrativas, criando um estranhamento, no sentido de se elaborar mais questionamentos ao invés de respostas. Conflitos gerando aprendizagens, coletando depoimentos e histórias, colecionando  memórias e lembranças. Relacionando nossas vivências e também conhecendo o outro. Somos compostos por experiências, pelas relações que travamos,  pelas alegrias e tristezas que vivemos.

"A força de um retrato é que, naquela fração de segundo, a gente entende um pouco da vida daquela pessoa. Os olhos dizem muito, a expressão do rosto... Quando você faz um retrato, você não tira a foto sozinho. É a pessoa que dá a foto."

Sebastião Salgado - O Sal da Terra
No caso deste projeto, a força viria também dos discursos produzidos pelas pessoas com quem convivemos e nos identificamos.

Projetos curtos elaborados pelos alunos com outras narrativas serão pensados também juntamente com este projeto, por exemplo, histórias para curtas ficcionais.

Carga horária total (quantidade de aulas):

10 horas (Duas tardes por semana)

domingo, 14 de abril de 2013

Grafismos Indígenas







"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."

Rubem Alves










Abra suas asas, solte suas feras... Materialize suas ideias



Projeto Oficina em Cerâmica


EMEF Aramy Silva
Cidade Escola
Projeto Oficina em Cerâmica
                                                                                    

De acordo com a proposta que possibilite outros espaços de aprendizagem na escola, espaços buscando um atendimento integral de jovens e adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade social, este projeto de criação em cerâmica foi pensado para ressignificar as relações, para pensar a saúde mental, o conhecimento, a arte, criando também novas parcerias com a comunidade, ampliando as aprendizagens desses alunos dentro e fora da escola, conhecendo e recriando seu cotidiano, para que possam se tornar protagonistas de seu próprio aprendizado, trazendo um novo modo de pensar a escola.
Um dos principais elementos presentes em meu trabalho é a dúvida.  A Arte gera dúvidas, que geram diferentes interpretações, diferentes sensações. Essas sensações, ligadas sempre por novas experimentações, ações, que vamos coletando de acordo com a trajetória que escolhemos e que vivenciamos. Os alunos também geram dúvidas, e são fundamentais para sempre lembrar, que temos que percorrer caminhos diferentes, muitas vezes retomar, contornar, e aprender de novo.
As trajetórias são tantas e para cada passo que percorremos neste caminhar, criamos pontos de referência, pontos de vista, experiências, que vão se construindo diferentemente, mesmo que andemos num mesmo caminho. E neste caminho, vamos andar diferente, vamos andar de acordo com nossas escolhas, e dependendo do que vamos colhendo, sempre buscamos uma intenção. Intenção, trazida como sentido, desejo, vontade, em pensar, em se construir e se desconstruir, aprender, e se renovar.
Como disse o personagem Cipriano Algor à sua filha em A caverna de José Saramago (2000):
“... Que faz aí o ler, Lendo, fica-se a saber quase tudo, Eu também leio, Algo portanto saberás, Agora já não estou tão certa, Terás então de ler doutra maneira, Como, Não serve a mesma para todos, cada um inventa a sua, a que lhe for própria, há quem leve a vida inteira a ler sem nunca ter conseguido ir mais além da leitura, ficam pegados à página, não percebem que as palavras são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é que importa, A não ser, A não ser quê, A não ser que esses tais rios não tenham duas margens, mas muitas, que cada pessoa que lê seja, ela, a sua própria margem, e que seja sua, e apenas sua, a margem a que terá que chegar....”
A leitura da vida, a busca por uma margem, ou por sua própria margem é uma trajetória de incertezas, que cada um vai refletindo, questionando, interpretando de diferentes maneiras, indo além das fronteiras, compartilhando novos olhares, novos saberes, novos modos de aprender.
Nesse novo modo de aprender, a escolha através da cerâmica, se fez possível porque usamos elementos fundamentais da natureza, a terra, a água, o fogo e o ar, juntamente com o pensamento. A terra e a água representadas pelo barro, o fogo através da queima, o ar através do espaço.
A oficina de cerâmica propõe a materialização das ideias e a alegria do fazer, do trocar e conhecer o outro. Como diz Alves (2011) apud Pessoa, em Variações sobre o prazer (2011) “A arte é a comunicação aos outros da nossa identidade íntima com eles”.
                                       
Professora organizadora do Projeto Oficina em Cerâmica
Daniela Gil de Souza
Coordenação Cidade Escola - EMEF Aramy Silva
Clair Pereira
Direção
Solange Laky
Adriane Schneider






Objetivo Geral

ü Proporcionar o crescimento das relações interpessoais e intrapessoais de jovens e adolescentes , no território e contexto social que vivemos, utilizando-se do estudo das diferentes culturas através da arte cerâmica, tornando-se autônomo, integrado e protagonista de seu aprendizado dentro e fora da escola, buscando novas formas de aprendizagem;



Objetivos Específicos

ü Criar novas parcerias na comunidade, conhecendo e trocando experiências com outros setores, em que os jovens e adolescentes convivem fora do espaço escolar;

ü Compor uma oficina de cerâmica integrada e de possível continuidade observando, ouvindo, escrevendo a partir das falas, da participação, do conhecimento do outro, dos espaços do outro, buscando uma melhor qualidade de vida;

ü Utilizar temas da saúde e diversidade cultural na criação dos trabalhos na oficina de cerâmica;


ü Construir outros espaços de aprendizagem dentro da escola buscando relações mais prazerosas, redescobrindo o afeto e a criação;

ü Atribuir sentido às manifestações visuais do meio que está inserido;


ü Interagir com diferentes materiais, sabendo usá-los nas diversas experimentações;




Metodologia e Cronograma   

           A oficina de cerâmica será oferecida dentro do período letivo de acordo com o calendário da escola.
         Serão atendidas duas turmas de 2º e 3º ciclos, no contra turno, ou seja, turno inverso às aulas regulares, compondo duas turmas de 20 alunos, dentro da carga horária de 5 horas. O dia de atendimento às turmas será organizado junto à coordenação pedagógica da escola.



Aspectos Éticos

ü Autorização de participação;
ü Autorização do uso de imagem (Produção Audiovisual – fotografia e vídeo);
ü Autorização da escola e dos outros espaços visitados;



              
 Orçamento

O que já temos na escola:

ü Forno Cerâmico;
ü Estecos e ferramentas;

O que precisamos:

ü Argila;
ü Gesso;
ü Esmaltes cerâmicos;
ü Lixas;



Sobre mim...

Na EMEF Aramy Silva de 1997 até o presente momento.
Licenciatura em Artes Visuais – IA/UFRGS
Especialização em Projetos Sociais e Culturais – IFCH/UFRGS
Especialização em Saúde Mental Coletiva – Educasaúde/UFRGS (em conclusão)



Referências Bibliográficas




ALVES, Rubem: Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2011.

CASTELLS, Manuel: O Poder da Identidade (A Era da Informação: economia, sociedade e cultura; v2) São Paulo: Paz e Terra, 1999.

GARDNER, Howard: Estruturas da Mente: A Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 1994.

GEERTZ, Clifford: A Interpretação das Culturas. Zahar. Rio de Janeiro, 1973.

HERNANDEZ, Fernando: A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

KISIL, Rosana – Elaboração de Projetos e Propostas para Organizações da Sociedade Civil. São Paulo. Global, 2001. (Coleção Gestão e sustentabilidade).
SARAMAGO, José. A caverna. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.